quinta-feira, 26 de abril de 2018

Buraco Azul, Belize

 

Meu maior medo, daquele que me faz suar frio, é nadar em lugares que eu não posso ver o fundo. O buraco azul é meu medo coisificado. Eu fiz o que era impensável pra mim: nadei na superfície, lá no meio do buraco. Realmente meu medo era infundado, o Kraken não veio. E aí eu fiz a mágica: em mergulho livre, encostei a mão na borda do buraco, ainda não sei quantos metros de profundidade, entre 13/15. Mergulhei segurando no pulmão, controlando a pressão no ouvido na marra, e principalmente controlando meu pavor, e encostei a mão na entrada do buraco. Se fosse um bom filme de terror, era a hora de ser atacada por um monstro, mas era um água com açúcar bobo.