quarta-feira, 22 de maio de 2024

Rest in London


Dia 14/5, final do dia, cheguei em Londres. Dia 18 estou de partida. Foram só três dias inteiros, mas foi o que eu precisava pra descansar. Descansar é necessário pra mim. Queria ser essa pessoa que nunca para, mas não sou e não conheço ninguém que seja, preciso dizer. Numa viagem de duas semanas até dá pra manter o ritmo de correria, mas são 5 meses. Descansar tem que estar na programação. Viajar é cansativo. Uma das pessoas do caminho disse que carregar mala é como carregar uma cruz. Tirando a heresia da frase, é verdade. Carregar mala acaba com o humor de qualquer pessoa. Ônibus e trem carregando mala é o castigo do viajante. É pra não deixar a gente esquecer que viver dá trabalho.
Comprei uma mala nova em Gênova, se me lembro bem, mas pode ter sido Florença. Provavelmente foi Florença. Maior. Agora tudo que carrego está dentro da mala ou da mochila. Não tenho mais sacolas pra carregar. Isso melhorou bastante minha mobilidade. Tanto que inventei uma viagem tipo roadtrip, mas sem carro. Ônibus e trem e mala, várias cidades por poucos dias por muitos dias. Se eu aparecer chorando semana que vem, saibam que estou vivendo as consequências das minhas escolhas. Descansada, acho que tudo é possível. Cansada, eu choro.
Em Londres, os dias foram de museus, parques, caminhada e pub pra assistir os jogos, na terça e quarta. Fui ao museu britânico, na quarta, e vi tudo que eles roubaram da África e Ásia, da Europa também. Foi muita coisa. Pelo menos não se paga pra entrar, seria um desaforo roubar de tantos lugares pra ainda cobrar entrada.

Eu não consigo imaginar a cara de pau de roubar um negócio desses.

Como disse alguém que conheci: vergonha é roubar e não ter como carregar. Bem, eles carregaram.
Dia seguinte fui ao Tate Modern e achei horrível. Arte contemporânea não é pra mim. Fico indignada igual aqueles brutos do 'isso é só uma privada'. Fazer o que? Meu cérebro não alcança, mas sou favorável ao viva e deixe viver, então faz lá seus corres, quem sou eu? Só achei que tinha dado viagem perdida até ver que tinha uma exposição de expressionismo, uma das minhas escolas (??? épocas??? Não sei) preferidas. Uma vez uma professora de artes disse que eu era meio expressionista, mas acho que sou mais impressionista. Resolvi que queria ver os expressionistas, apesar do valor da entrada e fui.
Valeu muito a pena. Conheci artistas que nunca tinha visto e fiquei apaixonada. A principal foi Marianne Werefkin.

Passaria dias só nesses dois quadros

Vi uma mulher comentando que não gostou do quadro dos patinadores porque "tem patinadores demais". Achei engraçado o comentário. Realmente tem patinadores demais.
Além de Marianne tem a Maria Franck-Marc. Amei as cores.
Maria Franck-Marc 
Os outros que mais gostei de outros artistas do Blue Rider.

Meu aniversário é em setembro. Caso alguém queira me dar presente, tá aí a sugestão. United ganhou o jogo da quarta. Bom jogo do Casemiro. Sem confusão no pub. Diferente do dia anterior que o cara queria que eu mudasse de lugar por não estar torcendo pro time dele.
Sexta fui ao Tate Britain. Lá tem um monte de quadros dos pré raphaelitas. Antes passei pelo parque no caminho.

Um filhotinho dormindo
London eye ao fundo.

Meus preferidos do Tate Britain:

Essa é sucesso no twitter. Só perde praquele outro da mulher quase morta na cama.
De lá, como era caminho, segui pro palácio de Buckingham. Não era do meu interesse, mas tem umas coisas que parecem obrigatórias, então vamos lá. Não entendi muito bem, mas acho que é só isso mesmo.

Buckingham

Hoje o dia foi muito cansativo. Perdi a hora pra levantar (já estava acordada, mas não levantei) e quase perdi a hora do check out. Deu tempo de tudo. Cheguei na King's Cross muito adiantada, mas é melhor que atrasada. Trem com destino a York.

King's Cross

Escrito em 18/5/24.



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