quinta-feira, 14 de março de 2024

Another will, another way

Inverness


Ainda com todos os problemas do carro, saio de Inverness. Sem ver aurora, sem ver Nessie. Deixando pra trás uma cidade lindíssima que eu não consegui aproveitar como gostaria.
Escolhi o trem mais barato: Inverness-Aberdeen, Aberdeen-Edinburgo. Quase metade do preço do trem direto.

Edinburgo e a estação de trem

Cheguei no final da tarde. Só dei uma voltinha pra tentar achar comida. Queria comida mesmo. A última vez que comi direito foi o macarrão com tofu em Camden. Dessa vez escolhi arroz com tofu. Era grande demais. Fiquei muito cheia e fui dormir.
A voltinha deu pra ver o tom da cidade. É uma cidade de festa. Muita gente, muita coisa pra fazer. Vida noturna agitada. E uma cidade absolutamente maravilhosa. Acho que estou apaixonada pela Escócia toda.
No trem, vim batendo papo com uma senhora. Os escoceses são muito orgulhosos de seu país, sem nacionalismo vazio e essa breguice patriota que a gente vê em alguns países, eles são orgulhosos de sua comunidade e origem, por isso sabem identificar quem são os inimigos de verdade. Bebem muito e fumam demais, mas parecem felizes no geral. São muito gentis e prestativos, mas sarcasmo e ironia são a base da comunicação.
Estou sentindo como se só estivesse passando por lugares. Sexta começo a terceira etapa da viagem (separei em etapas: chegada, Highlands, Irlanda, shows) e quero começar a ficar. Nunca vou pertencer, mas quero estar em um lugar por tempo suficiente. As movimentações constantes atrapalham a vivência e eu quero a vivência. Ainda tenho mais de 140 dias pela frente. Recalculando rota.

Escrito em 5/3/24

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