Hoje foi dia de estrada.
Não parei pra tirar muitas fotos porque as estradas aqui são bem diferentes das da Escócia. Muito mais rápidas, por isso a sensação de insegurança é maior. Na Escócia eu sempre encostava um pouquinho sem problemas, aqui não senti segurança. Estou no lado oeste da Irlanda, mais exatamente no condado de Sligo, mais exatamente em Easkey.
Quero ver praia. Vou entrar no mar? Provavelmente não (mas talvez sim, depende do nível do bom senso do dia). Quero ver montanha. Vou subir? Provavelmente não (mas talvez sim, depende do nível do bom senso do dia).
Tem sido dias muito difíceis pra mim, mas não posso contar o que tem acontecido. Aos amigos, com certeza já sabem ou saberão. O que eu sei é que estrada é uma coisa que me deixa melhor. Gosto. Horrível porque o meio ambiente não vai aguentar tanto vai e vem, mas é o tipo de vivência que eu amo.
O carro correndo, as paisagens passando e o cérebro ficando lisinho, lisinho. As paisagens são belas. Tem uma montanha bem linda que pretendo ver amanhã.
Hoje só cheguei no albergue em Easkey e fui andar. Tem um castelo aqui (novamente, usam essa palavra de forma bem solta) que tem uma escada escondida. Se a escada está escondida, dá pra achar.
São quatro paredes. Não tem como ser uma escada tão escondida assim, então obviamente achei.
Depois do castelo fui ver uma pedra.
Sinceramente, não sei qual era a pedra ponto turístico. Com tantas pedras, quem decide qual é a especial? Pra mim, é a que parece o Snoopy.
Antes disso, vi o velho mosteiro e o cemitério.
Aqui nessa cidade é cheio de corvos e eles gritam sem parar. Então olhe esse visual, esse céu cinza e saiba que a trilha sonora é um monte de corvos gritando. Compõe demais o ambiente.
Quando estava pegando o caminho de volta pro albergue, vi três caras se preparando pra surfar. Cada um tem coragem do seu jeito. Mar frio e agitado tá fora da minha lista. Aqui é área de surfe muito conhecida. Achei que esperassem o verão, mas parece que não.
Escrevo já no fim do dia, pronta pra dormir.
No albergue, conheci uma mulher dos Estados Unidos, louca da conspiração, odiadora de imigrantes, me achou maravilhosa. Agora estou pensando o que há de errado comigo. Acho que ela não entendeu nada do que falei ou fingiu que não entendeu.
Aproveito pra apresentar o mascote do albergue. Uma simpatia.
Foi um dia bom. É hora de curtir o que der, mas daqui pra frente tudo terá uma nota de amargo.
Coloquei mais fotos porque uma amiga pediu. Coloco os links das músicas porque outra amiga pediu. Quem quiser pedir algo, aceito sugestões. Não garanto que irei fazer, mas escuto com carinho.
Escrito em 21/3/24.
4 comentários:
Que vivência, hein? Queria ser corajosa e disposta assim como você. Dar para imaginar quanta beleza você está vendo, admirando. Como você escreve muito bem, dar para sentir um pouco dessa aventura e aproveitar as informações que são valiosas para o conhecimento de quem ainda não fez essa viagem. Estou aqui na torcida pela sua alegria e diversão. Que os prazeres sejam muito maiores e superem todas as dificuldades. Beijos e muitas bençãos 🙌❤️😍
Obrigada, tia! Fico feliz que você esteja acompanhando essa viagem. Vou manter os relatos de tudo, bom e ruim, vamos nessa montanha russa juntos.
Bjs
Adorei a forma que vc conta o seu dia a dia nas viagens! Se puder não parar mesmo quando terminar essa aventura, agradeço (mesmo que seja só sobre trabalho, lamúrias etc rs)! Estou lendo antes de ir dormir e está sendo muito bom!
Fico muito feliz que meu blog te ajuda a dormir hahahahah tava pensando mesmo o que faria caso tenha que voltar. Gosto de escrever aqui, mas acho que ia perder o sentido. Vou considerar continuar então.
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