domingo, 24 de março de 2024

O que há de novo sob o sol?

Uma florzinha pra dar paz


TPM chegou e com ela a depressão de TPM.
Passei a maior parte da vida sem menstruar porque tomava pílula contínua por causa do ovário policístico. Quando comecei a mergulhar, sabia que era um risco: obesidade + pílula + mergulho. Antes da primeira viagem com o grupo de mergulho, decidi parar. Acrescentar avião a essa soma aí, estava com cara de trombose.
Estou no meu segundo ano de ciclo depois de décadas em que o máximo que fazia era parar uns meses. Não é fácil, mas estou satisfeita. Acho que minha saúde mental está melhor. Não sinto mais aquela névoa constante sobre mim.
Mas preciso respeitar meu corpo. Não tem como funcionar normalmente na TPM e no início da menstruação. Acho errado exigir isso de alguém. Se eu estou de TPM, eu quero ficar o mais confortável possível porque tudo é mais sofrido. Se pra outras pessoas dá fazer tudo e nunca parar, faça tudo e nunca pare. Não é o meu caso e eu me permito ficar quieta.
Não estou na correria. Não há sangria desatada. O tempo é meu pra gastar como quiser. Se eu me arrepender, é a vida. Lido muito bem com decisões minhas que deram errado. Lido muito mal quando faço o que os outros querem e dá errado. É normal projetar nossas crenças nos outros, mas também é necessário saber que é isso que se está fazendo. E, pra quem já andou o suficiente, é necessário reconhecer o que é seu desejo real e o que é importunação alheia e seguir seu coração.
Aquela história de que plantar é escolha mas a colheita é obrigatória é real demais. Não plante bananas se não gosta de bananas, mas saiba que tem muita gente que ama e vai plantar. É meu único conselho.

Escrito em 15/3/24.

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