quinta-feira, 27 de junho de 2024

Bath

Bath

Deixaram entrar no albergue assim que cheguei, o que foi ótimo. Hoje estamos todos pegando fogo nessa ilha. Talvez a onda de calor seja cruel por aqui. Eu não estou preparada pra isso. Acabei de comprar roupa de frio, sabe?! Há dois dias eu estava passando frio. Bem, veremos as cenas dos próximos capítulos.
O albergue tem vibe de acampamento de verão feminino. Um monte de mulheres de vários países batendo papo. Algumas estão estudando por aqui, outras estão só se divertindo. Uma delas falou que não devo falar que estou em crise de meia idade, que é melhor falar que estou em exploração de meia idade. Então agora eu sou a Dora exploradora coroa. Nada como resignificar as experiências.
Uma outra guria me perguntou quanto custa o grama da cocaína no Brasil (não sei essa informação), depois me falou o preço da cocaína em todos os países que ela já foi. Ela acha que no Brasil é barato porque na Colômbia é 'só' 30 o grama e no Brasil deve ser parecido. Disse que na Austrália é mais de 400. Depois me perguntou se ter me perguntado o preço era racista. Não sei nem por onde começar. Ela é australiana e sabe o preço da cocaína em metade do mundo. Seria racista ela achar que eu também sei? As pessoas me confundem bastante.

Achei Bath lindíssima. A cidade é toda construída nessa pedra amarelada. Ainda não vi muita coisa, só dei uma voltinha, mas a impressão é boa.
Jane Austen passava temporadas por aqui. Mary Shelley viveu um ano. Provavelmente todos os escritores britânicos já passaram por aqui em algum momento, mas a Jane Austen é a mais conhecida. Tem um museu pra ela aqui.
Acho que amanhã vou andar pelos matos de Bath. Vamos ver como estará minha disposição. A tosse ainda está aqui e eu não gosto disso.

Escrito em 26/6/24.

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