quinta-feira, 6 de junho de 2024

The Beatles

Strawberry Field- uma homenagem a todos os esquisitos do mundo


Ontem foi um dia bem preguiçoso. Chuva e frio. Não estava muito disposta e acabei ficando no quarto. Hoje também não estou disposta (TPM nadando de braçada), mas tinha que fazer o tour dos Beatles porque acredito que hoje será meu único dia em Liverpool. Além disso, esse negócio de quarto individual pega um pouco mentalmente pra mim. Não ter com quem conversar, não ser forçada a sair do quarto (em albergue é muito difícil ficar o dia no quarto), excesso de conforto (por pior que seja o quarto), estar em cidade grande (realmente não gosto de turismo em cidade), tudo isso me faz querer ficar no quarto. Um dia é tranquilo. Mais que isso e começo a ficar meio deprimida. Então tinha que sair.
Na parada, uma senhora de uns 70 anos puxou papo comigo. Aproveitei pra perguntar o que ela gosta de fazer aqui, pra ter umas ideias já que não me interessei em nada, e ela riu na minha cara. Poxa, certeza que a gente tinha gostos parecidos. Não me deu nenhuma dica, mas me desejou sorte.
Peguei o ônibus pra casa do John Lennon. A meta era ver as casas dos quatro Beatles.

A casa do John Lennon é linda. Como dá pra ver, está em reforma e não entrei. Tô baseando minha opinião exclusivamente nos vitrais das janelas e portas. Que coisa mais chique! Delicado, minimalista, elegante. Bom gosto demais. Minha casa terá uns vitrais desses. Já temos o piso, os mosaicos e agora os vidros. Minha casa tá quase completa.

O portão

Achei deslumbrante em sua simplicidade. Lennon não teve uma vida familiar fácil, mas teve uma casa bonita.
De lá, fui pra Strawberry Field. Já dá pra ver que organizei muito mal meu passeio. E o problema é o seguinte: a cidade é grande demais! Tudo parecia perto, mas não era. E também errei no tipo de passagem que eu precisava comprar. Era muito óbvio que era caso de ônibus Hop on- Hop off, mas nem pensei nisso. Bem, andei perdida por aí. Mudei a palmilha da bota, o que causou uma nova ferida nos pés, dessa vez nos dedinhos. E, como resultado, encurtou meu passeio.
Mas voltemos a Strawberry Field. O portão icônico guarda um orfanato onde Lennon costumava brincar. O prédio é muito simples, tem um jardim pequeno e alguns brinquedos para crianças. O caminho é um zigzag de placas de granito com mensagens de amor e despedida. Fiz vídeo, esqueci que aqui não aceita vídeo, então fica o print.

Mensagens

Segui pra casa do Paul McCartney. Ele e Lennon moravam bem próximos um do outro. Mas esse bem próximo é uns 25 minutos de caminhada e dava pra sentir que meus dedinhos estavam em carne viva. Não ia desistir porque Paul é meu beatle preferido, praticamente o homem perfeito. Tinha que ver onde ele nasceu.

Porta vermelha no canto 

Foi uma decepção, sim. Fui esperando vitrais lindos e não tinha nada. Nada de interessante. Só umas flores bem bonitas (esqueci de tirar foto), mas a casa mais genérica possível. Fazer o que?

Penny Lane 

Da casa do Paul, fui pra Penny Lane. Nessa hora, já estava sofrendo muito de dor, mas não queria parar. Ainda faltava Ringo e George. E o Ringo era perto, certo? Google maps avisou que era só 40 minutos andando. Não tinha a menor chance. Fui pra parada. De ônibus seria tranquilo, achei. Já estava andando torta de tanta dor. Pra minha tristeza, resolvi desistir. Amanhã tenho um passeio que quero muito fazer e provavelmente envolve caminhadas mais chatas. Não tinha como continuar. Voltei pro quarto já nas últimas. Muita dor mesmo. Ainda pretendo ver a casa de Ringo e George. Tomara que dê.

Beijos

Escrito em 5/6/24.

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